Paracatu, 22 de setembro de 2023

06/06/2023 . Palavra do Bispo

Natividade de São João Batista

A missão do Precursor
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JOÃO, filho de Zacarias e Isabel, foi o último grande Profeta do Antigo Testamento, aquele que fez a transição da era profética para a era messiânica. Preparou com fé e parresia o caminho do Senhor. Homem humilde, inflamado de amor a Deus, um novo Elias que se apresentou de modo simples e austero, pregou a conversão, batizou pessoas nas águas do Rio Jordão e insistiu na necessidade de adesão e seguimento de Jesus, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Por seu testemunho de fé, tornou-se incômodo para os seus contemporâneos, inclusive para o rei Herodes que o encarcerou e autorizou a sua degola na prisão. Felizmente, ainda hoje existem testemunhas e profetas incomodando muitas pessoas que, se pudessem, relativizariam ou tirariam do Evangelho as verdades que lhes incomodam. A interpretação relativista ou subjetivista das Sagradas Escrituras distorce a verdade, maquia o íntimo relacionamento com Cristo, favorece a hipocrisia, nutre a mentira e fomenta a falsidade. João Batista disse não à corrupção ética e moral, foi fiel a Deus e aos Mandamentos, deu testemunho do amor que liberta. Confiou em Deus, mesmo na hora da via-crúcis, permaneceu firme na esperança da Ressurreição. Na verdade, ele sintonizou o coração e a vida com os pensamentos e os sentimentos de Jesus-Cordeiro. João Batista renunciou a tudo aquilo que constitui a negação do amor e da fidelidade a Deus. A ele podem ser aplicadas as palavras reveladas por Deus a Moisés, no Sinai: amou a Deus de todo o coração, com todo o entendimento e com todas as forças, e amou ao próximo como a si mesmo… (Cf. Mc 12,30- 31). Diante do seu testemunho, inúmeras pessoas atendendo à sua pregação, se convertiam, arrependendo-se de seus pecados e confessando-os. O batismo por ele administrado caracterizava-se pela metanóia, conversão moral e transformação da conduta. João batizava com água, um batismo de conversão, sem a graça santificante do batismo de Jesus, que era feito com água e no Espírito Santo (Cf. At 11,16). Não só o batismo que João administrava era inferior ao de Jesus, mas também ele, que não se julgava digno sequer de desamarrar as sandálias do Mestre. A partir da sua humildade e coerência de vida, Deus fez maravilhas na sua vida. De acordo com o Prefácio da Liturgia de sua Natividade, João Batista foi consagrado como o maior entre os nascidos de mulher. Desde o ventre materno manifestou alegria com a chegada do Salvador, batizou o autor do batismo nas águas do Rio Jordão, foi mártir e deu testemunho de Cristo. Virgem Maria, Mãe de Deus, ajude o nosso clero e os fiéis a testemunharem radicalmente a fé no Cordeiro que tira o pecado do mundo. Com votos de saúde, paz e alegria no Senhor, desejo a boas Festas Juninas aos nossos diocesanos.

Paracatu (MG-BR), junho de 2023
+ Jorge Alves Bezerra, SSS
Bispo de Paracatu

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