Conhecida em algumas regiões do Brasil como “Pastoral Presidiária” ou ainda “Pastoral Penal”, tem seu fundamento bíblico nas palavras de Jesus: “O Espírito do Senhor está sobre mim… enviou-me para proclamar a libertação aos presos…” (Lc 4,18).
E ainda: “Eu estava na prisão e vocês foram me visitar.” (Mt 25,36). A Igreja, fiel ao mandato de Jesus, sente-se responsável e comprometida com estes homens e por estas mulheres que, afastadas do convívio social, continuam sendo a imagem e semelhança do Cristo (cf. Gn 1,27; Cl 3,10).
A Pastoral Carcerária é a presença da Igreja no meio deles, levando “vida” e sempre se questionando sobre o que Jesus faria diante desta realidade tão complexa e dolorosa. Com esta atitude, ela foge do senso comum que diz:
“Eles estão lá porque merecem”, “Devem pagar por aquilo que fizeram” e outras afirmações que indicam o não empenho com a “sacralidade da vida”, opção fundamental da Igreja. Se é verdade que cada um deve pagar por seus erros, devemos admitir também que o atual sistema carcerário está longe de ser a solução.
Nesse panorama, a evangelização dos irmãos e das irmãs encarcerados, além de ser um direito, minimiza o problema da reincidência criminal dos presos que, deixando o cárcere e voltando para a sociedade, na maioria das vezes não encontram perspectivas de vida digna. É nesta situação que podem chegar ao desespero e voltar ao crime.